Uma portaria publicada na edição desta quinta-feira (4), do Diário Oficial da União, determina o remanejamento de recursos do Bolsa Família para a comunicação institucional do Palácio do Planalto. Os valores transferidos para a comunicação do governo somam R$83 milhões. Os recursos são resultado da anulação de valores destinados para famílias que vivem em condições de extrema pobreza na Região Nordeste.
A portaria é assinada pelo secretário especial de Fazenda do Ministério da Economia, Waldery Rodrigues. A decisão acontece em meio às discussões sobre prorrogação de outro programa de transferência para famílias de baixa renda, o auxílio emergencial de R$600,00 para trabalhadores informais. Setores do Congresso trabalham para que o auxílio tenha tenha caráter permanente ou seja prorrogado. A equipe econômica do governo federal avalia prorrogar a duração do auxílio, mas com um valor menor que R$ 600,00.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse na última quinta-feira (28), que dificilmente o auxílio emergencial não será prorrogado para além dos três meses inicialmente previstos.
“Prorrogar acho que é um consenso, o que vai se debater é o valor”, avaliou.
O auxílio, no valor de R$600, foi criado para aliviar a perda de renda da população afetada pela crise econômica gerada pela Covid-19. O Congresso Nacional aumentou o valor do auxílio emergencial de R$200, na proposta inicial do governo, para R$600. Os parlamentares também incluíram previsão de pagamento em dobro para mulheres chefes de famílias.