O ministro da Economia Paulo Guedes afirmou, nesta terça-feira (30) que o auxílio emergencial será prorrogado por mais três meses — sem dar detalhes sobre o valor do benefício nesse período. O anúncio oficial deve ser feito pelo presidente Jair Bolsonaro em cerimônia no Palácio do Planalto, às 16h.
“O auxílio emergencial… quanto à duração da crise, ela está por enquanto dentro do mapa que o próprio Mandetta tinha deixado quando saiu. Até agora nós demos os três meses iniciais, que é o que ele falou quanto subia a curva [de contágio do Coronavírus] e ficar lá em cima. Estendemos agora, porque ela não começou a descer ainda, por mais 3 meses”, disse o ministro.
Guedes ainda disse que as expectativas do governo são de que a curva cairá nos próximos três meses:
“Se a curva não descer, nós vamos pensar de novo em quanto tempo vamos segurar o fôlego. Mas, por enquanto, estamos contando que esse é o quadro, que ao longo desses 3 meses a pandemia deve retroceder com algum rigor e nós estaremos fazendo o retorno seguro ao trabalho”, esclareceu.
Sancionado em abril, o benefício começou as ser disponibilizado em três parcelas e já atendeu a mais de 64,3 milhões de pessoas, segundo dados da Caixa Econômica Federal. A última parte está começando a ser paga agora. A forma como se daria a prorrogação do benefício estava em negociação.
Inicialmente, a ideia do ministro era uma extensão do auxílio com mais três parcelas de R$ 300. Depois, o governo passou a defender o pagamento de três parcelas adicionais em valores decrescentes: R$ 500, R$ 400 e R$ 300, o que foi confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro durante pronunciamento na última quinta-feira (25). Caso o valor não se mantenha em R$ 600, o novo modelo do auxílio emergencial deverá passar pela aprovação do Congresso. Os congressistas defendem a continuidade do benefício no valor atual.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse, no dia 23 de junho, que caso fosse diferente, o texto do governo seria alterado. Caso decida apenas pela prorrogação do auxílio nos mesmos moldes de como foi sancionado, a medida não precisará passar pelo crivo do Legislativo.
O presidente deverá assinar um novo decreto estabelecendo a prorrogação. O ministro Paulo Guedes disse ainda na comissão que depois que finalizar o auxílio emergencial outros programas sociais serão lançados, mas não deu detalhes das medidas.
“Dentro de 2, 3 meses, assim que acabar o auxílio emergencial que estamos estendendo, vamos anunciar os novos programas. O programa Renda Brasil, o programa Verde Amarelo, programas sociais importantes para estimular a retomada do crescimento”, disse Guedes na comissão.