Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (8), o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, disse que o governo prevê o crescimento do número de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) nas próximas semanas, podendo ultrapassar as 4.000 unidades ao todo.
“Ainda temos leitos. De forma geral, vários respiradores já foram distribuídos, e outros estão sendo direcionados, provavelmente teremos um aumento de 100% na capacidade instalada das UTIs em Minas”, declarou o secretário.
O Estado tem, atualmente, 3.246 leitos de terapia intensiva em produção na rede pública — em fevereiro deste ano, esse número era de 2.072.
Ocupação
Entre os 3.246 leitos de UTI do Estado, 69% estão ocupados, conforme aponta o painel de monitoramento da SES-MG. A taxa de ocupação voltou a ser informada no início da semana após vários dias fora do ar enquanto o sistema era atualizado. No retorno, as taxas mostradas são bem menores do que o que vinha sendo apontado, que chegou a 100% em algumas regiões.
Amaral justificou a diminuição afirmando que a nova metodologia aplicada pelo recém-criado Escritório de Gestão de Leitos é capaz de entregar dados mais precisos, que consideram particularidades como transferências de pacientes dentro de um hospital.
“Antes, quando o paciente estava na UTI e era transferido para a enfermaria, esse dado muitas vezes não era atualizado, então constava para nós que o paciente ainda estava sendo tratado na terapia intensiva”, explicou.
A secretaria, agora, se pauta mais pela disponibilidade de leitos, se atentando à unidade, e não ao paciente em si. Quando há alguma dúvida sobre os dados, a pasta entra em contato com a gestão do hospital em questão para solucioná-las.
Embora os números pareçam menos alarmantes, o secretário de Saúde destacou que ainda não é possível considerar que houve melhora na situação da pandemia em Minas. “Identificamos um pouco mais de leitos disponíveis, mas no geral vemos uma flutuação que não caracteriza melhora ou redução na ocupação ainda”, ressaltou.