A pandemia causada pelo novo coronavírus e as regras de isolamento social levaram os museus brasileiros a preparar uma semana de programação virtual, com exposições e atrações pela internet, para marcar o Dia Internacional de Museus, comemorado no dia 18 de maio. Promovida pelo Conselho Internacional de Museus (Icom) e pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), a semana busca fortalecer a troca de vivências entre os museus brasileiros, além de expandir os potenciais e referências culturais desses espaços.
Esse é o caso, por exemplo, do Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro, que promove a exposição virtual e gratuita Native Brazilian Music: 80 anos, que conta como se deu a gravação do LP Native Brazilian Music em 1940, com a apresentação de músicas de Cartola, Pixinguinha e Donga ao maestro britânico Leopold Anthony Stokowsk, fundador da Orquestra Sinfônica Americana e da Hollywood Bowl Symphony Orchestra. O encontro foi promovido pelo maestro Heitor Villa-Lobos.
O Museu Villa-Lobos preserva e difunde a obra de Heitor Villa-Lobos por meio da guarda, pesquisa e exposição do acervo representativo de sua vida e obra, dentre os quais inúmeras partituras, documentos e objetos de uso pessoal do maestro.
Villa-Lobos, além de compositor identificado com as raízes culturais brasileiras, dedicou-se, por duas décadas, ao trabalho de educação musical infantojuvenil, visando ao fomento do que chamava processo de “formação de uma consciência musical brasileira”.
Por essa razão, o Museu desenvolveu diversos projetos nas áreas da cultura e educação, como edição de livros e discos, concursos internacionais e concertos didáticos; e, além do atendimento à pesquisa, dispondo de um banco de dados informatizado, com acervo musical, sonoro, textual e iconográfico do compositor, que pode ser acessado pela web.
Um museu para os olhos, para os ouvidos e para a alma brasileira.